terça-feira, 21 de junho de 2011

sobre sonhos de pedra.

Ontem, pensando sobre o último post no blog do meu amigo Malcon, cheguei à conclusão que eu sou mesmo uma desacreditada no amor.

Nos meus vinte e poucos anos de idade eu já tive vários relacionamentos, não sou o martinho da vila, mas já tive pessoas, de todas as cores, de várias idades e muitos amores. E cada relacionamento desses me deixou alguns ensinamentos, é claro, a gente sempre aprende muito dividindo o nosso cotidiano com outra pessoa, mas um dia eles acabam, e esse término sempre cria uma espécie de escudo em mim. Alguns relacionamentos, mais intensos e duradouros, deixaram escudos fortes, praticamente de adamantium, outros, leves e efêmeros, deixaram escudos de palha. O que destaco é que todos eles me colocaram um passo a frente na escala do embrutecimento, do egoísmo, do amor próprio.

Não estou aqui fazendo juizo de valor, não cabe a mim julgar se isso é bom ou ruim, estou apenas fazendo uma auto análise (não tenho dinheiro pra pagar um analista) e pensando que um dia eu ja acreditei no amor, já acreditei em passarinhos azuis ao fundo de um beijo de cinema, já acreditei em caixas de chocolate e buquês de rosas, já acreditei em sapatos de cristal e cavalos brancos.

hoje eu acredito em empregos, concursos públicos e na luta diária por uma sociedade mais livre e mais digna.

meus príncipes agora são outros, bem mais reais do que os da realeza de outrora.

terça-feira, 14 de junho de 2011

instantes.

E a vida que corria longe, num instante se fez pó
E a garganta dos risos soltos, num instante deu um nó

E o que antes era claro, num instante se perdeu
o que antes era nós, num instante virou eu

o que eram horizontes, num instanteu virou breu.