terça-feira, 20 de abril de 2010

"mulher só pode é ter merda na cabeça mesmo" - papai

acabo de passar por uma situação no mínimo engraçada. (pra não dizer absurda) estava eu, mamãe e nicolas sentados na praça de alimentação do shopping esperando o papai que estava comprando um celular (quem comprou celular recentemente sabe que são horas e horas assinando papéis e tentando provar por a + b que você é você mesmo e não o pink e o cerebro querendo dominar o mundo) durante o longo tempo de espera vi um cara passando perto da mesa que estávamos, passou uma vez, duas, três, em um tempo de mais ou menos meia hora ele deve ter passado perto da nossa mesa umas cinco vezes, depois ele sentou na mesa em frente a nossa, fingiu ler um livro, mas sempre dava um jeito de olhar discretamente pra mim. ele era lindo, muito parecido com um namorado que tive, o mas bonito deles inclusive. e eu então estava radiante. estava pensando em maneiras de como estabelecer comunicação com aquele indivíduo. a coisa toda estava muito difícil, afinal minha mãe tambem tinha percebido a insistencia do cara de furar o chão perto da nossa mesa e ja havia comentado aqueles comentários de mães que não sabem o que dizer nessas horas. mas eu tinha pensado em anotar meu msn em um papel, chegar na cara dura perto dele e entregar (numero de telefone é muito old school) maaaas então meu pai chegou e eu tirei meus olhos dele por alguns instantes, quando voltei a olhar o encontrei de pé, com uma garota pendurada em seu pescoço e os dois estavam em direção a porta de saída.

fiquei arrasada! poxa vida! quer dizer que não era pra mim? o que era então? será que não sou bonita o suficiente pra suscitar olhares de interesse de caras bonitinhos irmãos gêmeos de ex namorados gatissimos? ele é muito safado! me traiu antes mesmo de nos conhecermos, e o pior, na minha frente! cadê o carater dele? cadê a índole e os bons costumes!? não se respeita mais as mulheres mesmo! ele não vale nada! safado! cachorro! sem vergonha! (sem comparações com a claudia leitte, por favor!)

então entrei no carro, triste e arrasada e me sentindo podre como tantas outras mulheres corneadas por aí.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

quem sou eu? (ê perguntinha besta!)

essa questão identitária sempre rende uma discussão bastante interessante. eu poderia passar horas e horas falando em quais "categorias" pareço me encaixar mais, e em quais eu não me encaxaria de jeito nenhum. até por que, as pessoas não podem ser definidas por uma palavra as 24 horas do dia, os 365 dias do ano, muito menos durante todos os anos da sua vida. o que a gente ainda pode fazer é destacar alguns traços da nossa personalidade que apresentam-se com mais frequência nas nossas ações cotidianas.

por exemplo, a maior parte do tempo sou uma pessoa nervosa, ansiosa e preocupada. sempre to pensando nas milhões de coisas que ainda tenho pra fazer (mesmo que na verdade eu nem tenha nada pra fazer, como bem enfatiza minha irmã)

na hora que escuto alguma história de violação, desrespeito, preconceito e afins logo fico diferente, meu coração bate mais rápido, meu sangue parece querer voar, fico inquieta e a vontade que dá é de vestir uma roupa de super herói e ir lá defender quem não tem ninguém que o faça.

também tenho um descontrole muito grande com relação a comida. as pessoas mais próximas sabem que eu divido muita coisa, roupa, sapato, bolsa, e até homem, mas comida eu não divido de jeito nenhum! não me aquieto enquanto não como o pote todo de sorvete, ou o bolo todo de chocolate ou o pacote todo de biscoito. (isso é mesmo sério! quando eu deixo pela metade eu fico fazendo as coisas pensando que aquele resto está me agurdando inquietamente na geladeira ou na despensa)

agora que virei mãe, também fico alterada quando alguém fala alguma coisa do meu filho, se falarem bem eu fico feliz, com vontade de chorar de ter sido abençoada com essa criatura na minha vida. mas se falarem mal, ou os velhos comentários de mãe solteira e bla bla bla fico uma fera! se fizerem meu filho chorar fico com vontade de esfregar a cara do sujeito no asfalto quente da frei serafim!

assim como meus pais e meus irmãos, são coisas sagradas, mais do que sagradas, super hiper mega importantemente sagradas! e quem mexer com eles vai conhecer alguem extremamente desequilibrado.

acho que dá pra ter uma noção de quem somos tirando pelas situações que repetidas vezes nos tiraram do nosso estado "normal", os motivos pelos quais nos alteramos, aqueles que mexem com a gente são os que fazem o que a gente é.Logo, eu poderia ser definida por 'um super herói filhinho da mamãe viciado em comida engordante'.

terça-feira, 13 de abril de 2010

me convoca, dunga!

sabe, eu cansei de ver fotos de casais apaixonados. fotos no mar, fotos na areia, fotos embaixo de árvores, em festas com amigos, fotos em festas de família, fotos em tardes de domingo, eu cansei.

é tanta felicidade, tanta cumplicidade, tanto amor que me dói bem aqui dentro do pulmão. (pra quem não tem coração o pulmão até que quebra o galho) é aquele velho sentimento chato de "fizeram uma festa altamente stronda e ninguém me chamou" (eu nem sei direito o que o termo 'stronda' significa, coloquei aqui por que a flávia odeia quando falo) é aquela coisa de ficar de fora, ser excluído, ser esquecido.

é quando todas as suas amigas estão lanchando bomba com fanta laranja no recreio da escola e você não tem dinheiro nem pra um bombom peeper. (mas nesse caso eu não posso simplesmente pedir um pedaço pra elas e matar um pouco a fome por que eu tenho meu maldito escrúpulo!)

e então eu fico aqui, assistindo tudo de fora, comentando a partida de futebol, sendo gandula do jogo, sendo aquele reserva louco pra ser chamado pelo técnico, aquele mascote inútil que nem sabe por que mesmo que está ali, mas que adoraria um dia poder sentir toda a felicidade que explode dentro do peito dos jogadores toda vez que eles fazem um gol.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

é só minha vida, nada de interessante hoje.

nossa, faz um tempinho que eu não escrevo nada aqui, tempo corrido + filho + irmã psicótica viciada em computador dá nisso. Enfim, nessa última semana algumas coisas coisadas aconteceram, na segunda eu e a aline criamos um cronograma de atividades pro hospital, que tipos de pessoas criam coisas que vão dar trabalho, consumir tempo e dar dor de cabeça? nós! por que a satisfação de fazer é maior que qualquer obstáculo. Na terça foi o dia mais corrido que eu ja tive até hoje no hospital, fiz dois atendimentos individuais com familiares e um atendimento com paciente SOZINHA! sem a supervisora por perto, escrevi parecer social, fiz as evoluções nos prontuários, nem deu tempo pra ficar conversando fiado com os pacientes como eu sempre gosto de fazer, me senti quase uma pessoa grande e cheia de responsabilidades! (no final do expediente fui jogar sinuca com uns pacientes, o que tirou meu crédito de pessoa fresca e cheia de responsabilidades) Na quarta eu fui pra conferência municipal de saúde mental, fiquei pouco tempo por que conversando com umas amigas, elas falaram de um projeto de pesquisa da universidade que tinha 20 estagiários com bolsa, e que uma delas havia desistido e que tava sobrando uma vaga, eu nem pensei duas vezes, liguei logo pra mamãe e perguntei se eu podia aceitar (toda coisa que eu vou fazer agora preciso saber se a mamãe pode ficar com o nicolas, não confio muito de deixar ele sozinho com a flávia) é um projeto de pesquisa agrícola, no interior do piaui, viagens todo final de semana, durante dois meses, o dinheiro, que pra muita gente pode parecer pouca coisa, pra mim que nunca ganhei nada é demais, nem sei o que fazer com tanto dinheiro, acho que vou dar pro meu irmão que ta juntando dinheiro pra comprar um video game ai, ou pra minha irmã que quer comprar um óculos coisado ai, ou pra mim que quero fazer uma tatuagem. vou ver ainda.

Sei que eu estou bastante empolgada com essa pesquisa, é tudo bastante divertido e novo pra mim, viagens, pessoas novas, comunidades agrícolas, e ainda vão me pagar por isso, melhor não poderia ser.

No final da quarta feira fiquei até de noite na conferencia, lancei algumas propostas que foram aprovadas pelo grupo de trabalho, discuti, conversei, briguei, enfim, fui a velha fernanda de sempre.

na quinta eu fui pra conferencia mas também passei pouco tempo por que tive que ir pra universidade pra uma reunião da pesquisa, como tinha pouca gente eu me desatei a falar, e toda hora o "chefe" da pesquisa dizia que eu era muito inteligente, que era mesmo pra eu falar e tal e tal, me senti uma pessoa quase importante. muito legal, de tarde eu voltei pra outra reunião com uma professora do serviço social dessa vez, muito bom, só que me disseram que as viagens só vão começar semana que vem, eu já tava tão empolgada de ir essa semana... mas deixa que é melhor que eu passo mais tempo com meu filhote, que tá mais lindo a cada dia que passa.

então é isso, tay, e a sua semana? foi boa? tu conseguiu fazer aquele negócio que tu me disse? espero que tenha dado tudo certo! beijos!