essa questão identitária sempre rende uma discussão bastante interessante. eu poderia passar horas e horas falando em quais "categorias" pareço me encaixar mais, e em quais eu não me encaxaria de jeito nenhum. até por que, as pessoas não podem ser definidas por uma palavra as 24 horas do dia, os 365 dias do ano, muito menos durante todos os anos da sua vida. o que a gente ainda pode fazer é destacar alguns traços da nossa personalidade que apresentam-se com mais frequência nas nossas ações cotidianas.
por exemplo, a maior parte do tempo sou uma pessoa nervosa, ansiosa e preocupada. sempre to pensando nas milhões de coisas que ainda tenho pra fazer (mesmo que na verdade eu nem tenha nada pra fazer, como bem enfatiza minha irmã)
na hora que escuto alguma história de violação, desrespeito, preconceito e afins logo fico diferente, meu coração bate mais rápido, meu sangue parece querer voar, fico inquieta e a vontade que dá é de vestir uma roupa de super herói e ir lá defender quem não tem ninguém que o faça.
também tenho um descontrole muito grande com relação a comida. as pessoas mais próximas sabem que eu divido muita coisa, roupa, sapato, bolsa, e até homem, mas comida eu não divido de jeito nenhum! não me aquieto enquanto não como o pote todo de sorvete, ou o bolo todo de chocolate ou o pacote todo de biscoito. (isso é mesmo sério! quando eu deixo pela metade eu fico fazendo as coisas pensando que aquele resto está me agurdando inquietamente na geladeira ou na despensa)
agora que virei mãe, também fico alterada quando alguém fala alguma coisa do meu filho, se falarem bem eu fico feliz, com vontade de chorar de ter sido abençoada com essa criatura na minha vida. mas se falarem mal, ou os velhos comentários de mãe solteira e bla bla bla fico uma fera! se fizerem meu filho chorar fico com vontade de esfregar a cara do sujeito no asfalto quente da frei serafim!
assim como meus pais e meus irmãos, são coisas sagradas, mais do que sagradas, super hiper mega importantemente sagradas! e quem mexer com eles vai conhecer alguem extremamente desequilibrado.
acho que dá pra ter uma noção de quem somos tirando pelas situações que repetidas vezes nos tiraram do nosso estado "normal", os motivos pelos quais nos alteramos, aqueles que mexem com a gente são os que fazem o que a gente é.Logo, eu poderia ser definida por 'um super herói filhinho da mamãe viciado em comida engordante'.
2 comentários:
Muito legal o seu "quem eu sou"
A gente se conhece mesmo melhor nas situações fora do normal...
'um super herói filhinho da mamãe viciado em comida engordante' - acho que dá pra escrever quadrinhos baseado nisso.
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