terça-feira, 20 de julho de 2010

espadas, escudos e cavalheiros invisíveis.

oi. voltei.

terminei meu namoro, logo, o blog passará a ser o alvo dos meus desequilibrios mentais.

essa semana, ao comunicar ao meu pai o término do meu namoro (sim, eu sempre converso com meu pai sobre meus relacionamentos amorosos, e de uns tempos pra cá percebi que as pessoas acham isso muito estranho) travamos o seguinte diálogo:

- ah pai, mas eu nem sou tão ruim assim, eu tenho coração!
- tem fernanda, um de pedra!

é.

É uma daquelas frases que deixam a gente sem resposta. eu ia dizer o que? ele estava certo. eu nem ao menos sinto que tenho coração (claro que falo isso com relação a homens, te amo mãe!) parece que passo pelas coisas sem que elas me atinjam. parece que sou superior, é como se eu passasse por cima de uma floresta queimando e não sentisse nem o cheiro da fumaça ou o calor do fogo.

E, agora pensando, isso é bom? de certa forma, estou protegida, tenho um escudo, mas também tenho uma espada, e não tenho a mínima habilidade pra lidar com essa espada.

as vezes eu corto sem querer, machuco, estrago, embora saiba quão incríveis são as minhas "vítimas".

é tudo muito confuso.

decidi ficar aqui, dentro do meu escudo, e tentar deixar minha espada debaixo da cama antes de sair de casa, pra evitar de cortar alguma coisa por aí.

5 comentários:

João disse...

Não sei, eu acho que as vezes as pessoas confundem uma postura tranqüila com uma postura insensível. Afinal, quando um relacionamento termina a pessoa não precisa necessariamente sair desesperada chorando e dizendo que isso é o fim do mundo como nós o conhecemos, certo? (ainda mais um relacionamento curto)

E tem a questão de que todo mundo sabe onde está pisando também. Se você gosta de uma garota que não é exatamente um ursinho carinhoso você sabe que corre certos riscos.

Marina disse...

Eu não falo sobre relacionamentos com o meu pai, mas uma vez ele disse "nunca confie totalmente nos homens", desde então não confio totalmente nem nele! huahauhaua
Já minha mãe anda dizendo ultimamente o seguinte "vc vive saindo e não encontra um namorado" - pois é...
fim de namoro é tão difícil como arranjar um começo!

E. Soares disse...

já tive meu coração de pedra, meu orgulho não nega, ao ponto de me considerar insensível
abaixei meu escudo
guardei na bainha a minha espada
cortes .. são simples cortes..
podem ser suturados... gosto de minhas cicatrizes

bem por confiar nos homens.. só em resposta marina... aí que se encontra a diferença, eu confio nas mulheres e cá estou
e em relação ao fim... não difícil para um começo, aguardo o meu recomeço

E. Soares disse...

não sou cavalheiro invisível...
só que minha donzela não quer me enxergar

May Stéphane disse...

Seria mais fácil de pudéssemos compartilhar certas coisas, não é? Sou o contrário, me envolvo demais, me importo demais. Logo, mágoas demais, é como 2+2=4, não tem jeito. Anestesia é bom, percebi que funciono melhor. Mas é sem sal. Viver sem sentir as alegrias - e por que não as tristezas também? - não tem graça. Acredito que passarei o resto da vida na busca - talvez frustrada - do equilíbrio.