oi. voltei.
terminei meu namoro, logo, o blog passará a ser o alvo dos meus desequilibrios mentais.
essa semana, ao comunicar ao meu pai o término do meu namoro (sim, eu sempre converso com meu pai sobre meus relacionamentos amorosos, e de uns tempos pra cá percebi que as pessoas acham isso muito estranho) travamos o seguinte diálogo:
- ah pai, mas eu nem sou tão ruim assim, eu tenho coração!
- tem fernanda, um de pedra!
é.
É uma daquelas frases que deixam a gente sem resposta. eu ia dizer o que? ele estava certo. eu nem ao menos sinto que tenho coração (claro que falo isso com relação a homens, te amo mãe!) parece que passo pelas coisas sem que elas me atinjam. parece que sou superior, é como se eu passasse por cima de uma floresta queimando e não sentisse nem o cheiro da fumaça ou o calor do fogo.
E, agora pensando, isso é bom? de certa forma, estou protegida, tenho um escudo, mas também tenho uma espada, e não tenho a mínima habilidade pra lidar com essa espada.
as vezes eu corto sem querer, machuco, estrago, embora saiba quão incríveis são as minhas "vítimas".
é tudo muito confuso.
decidi ficar aqui, dentro do meu escudo, e tentar deixar minha espada debaixo da cama antes de sair de casa, pra evitar de cortar alguma coisa por aí.
5 comentários:
Não sei, eu acho que as vezes as pessoas confundem uma postura tranqüila com uma postura insensível. Afinal, quando um relacionamento termina a pessoa não precisa necessariamente sair desesperada chorando e dizendo que isso é o fim do mundo como nós o conhecemos, certo? (ainda mais um relacionamento curto)
E tem a questão de que todo mundo sabe onde está pisando também. Se você gosta de uma garota que não é exatamente um ursinho carinhoso você sabe que corre certos riscos.
Eu não falo sobre relacionamentos com o meu pai, mas uma vez ele disse "nunca confie totalmente nos homens", desde então não confio totalmente nem nele! huahauhaua
Já minha mãe anda dizendo ultimamente o seguinte "vc vive saindo e não encontra um namorado" - pois é...
fim de namoro é tão difícil como arranjar um começo!
já tive meu coração de pedra, meu orgulho não nega, ao ponto de me considerar insensível
abaixei meu escudo
guardei na bainha a minha espada
cortes .. são simples cortes..
podem ser suturados... gosto de minhas cicatrizes
bem por confiar nos homens.. só em resposta marina... aí que se encontra a diferença, eu confio nas mulheres e cá estou
e em relação ao fim... não difícil para um começo, aguardo o meu recomeço
não sou cavalheiro invisível...
só que minha donzela não quer me enxergar
Seria mais fácil de pudéssemos compartilhar certas coisas, não é? Sou o contrário, me envolvo demais, me importo demais. Logo, mágoas demais, é como 2+2=4, não tem jeito. Anestesia é bom, percebi que funciono melhor. Mas é sem sal. Viver sem sentir as alegrias - e por que não as tristezas também? - não tem graça. Acredito que passarei o resto da vida na busca - talvez frustrada - do equilíbrio.
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