segunda-feira, 15 de novembro de 2010

quase tentativa de postar alguma coisa

quase dois meses sem postar. muito tempo, quero aqui acalmar meus milhares de leitores e dizer que estive muito ocupada esses ultimos tempos. Mas o que vou falar? o que vou dizer? eu poderia me lamentar sobre a minha falta de tempo para fazer as coisas da universidade (embora eu esteja a mais ou menos uma hora na frente desse computador vagando entre twitter, orkut e blogs alheios) eu sou mesmo boa nesse negócio de ficar me lamentando. na verdade eu tenho um incrível dom de conseguir me vitimizar não importa em qual situação eu esteja (como assim você tá brigando por que eu gastei 40 reais de crédito de seu celular? isso é horrivel, flávia! eu sou uma pobre mulher que não tem nenhum centavo de crédito no celular enquanto você, tem tanto que nem sabe direito quanto tem! é muito egoismo da sua parte não querer dividir comigo! você é uma pessoa horrivel! deveria pensar mais em ajudar as pessoas necessitadas!)

mas o nícolas acabou de chegar em casa, e de repente eu não tenho interesse em mais nada.

até, vou brincar com meu filhote!

beijos!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

maior.

eu fico triste, muito muito triste quando as pessoas duvidam do meu amor pelo meu filho. Fico mais triste ainda quando ultrapassam o plano da dúvida para o da certeza, afirmando que meu filho não é prioridade na minha vida, que eu não gosto dele e outros absurdos.

è como uma furada, nunca levei uma facada, mas ouso dizer que é quase a mesma coisa. dói, bem aqui dentro do coração. perto do pulmão. Não há NADA no mundo mais importante que o nícolas! É a maior expressão de amor que eu ja vivenciei na minha vida! É a única coisa que eu sei que é eterna na minha vida! Fico sem ar só de imaginar alguem dizendo que eu não gosto dele! minha gente! que coisa mais cruel é dizer pra uma mãe que ama tanto seu filho que ela não se importa com ele!

escrevo isso derramando lágrimas e eu não sei mais como fazer as pessoas perceberem o quanto meu filho é importante na minha vida!

é preciso eu abandonar minha vida acadêmica, amorosa, social?

se for preciso, assim o farei.

o que não dá mais é ser cotidianamente alvo de tamanhas torturas psicológicas!

não sei nem mais o que dizer, só que dói, mesmo, muito.

sábado, 11 de setembro de 2010

a outra

Como assim? esse nome...ele é tão meu! que sensação mais estranha ver outra mulher dizendo que não consegue mais viver sem o dono desse nome. Alguém precisa avisar pra ela que antes que ela ao menos sonhasse em desejar aquele nome, ele já me preenchia os ouvidos, os poros, os sentidos.

Não, eu não odeio você, pelo contrário. Eu até gosto, gosto tanto que queria ser como você. Por que você e não eu? Por que o seu jeito e não o meu? porque sua voz, seu cabelo e seu sorriso?

O que você deu a ele que eu não? Por que parece que o relacionamento de vocês nunca acaba? vejo amigos terminando o namoro, vizinhos, conhecidos, inimigos, amigos dos meus amigos, mas vocês...vocês nunca acabam! nem parecem entrar em crise ou coisa assim. é sempre carinho, sempre fofinho, sempre abraços e beijinhos.

De qualquer forma, saiba que você é a mulher mais sortuda do mundo, por que você tem o cara mais legal de todos! cuide bem, dê carinho, atenção e amor.

tenha paciência com o fanatismo pelo flamengo e as tardes de video game, elogie os bolos da mãe dele e saia de vez em quando com a cunhada.

finja entender as piadas sem graça e escreva cartas. ele adora cartas!

e no mais, se precisar de alguma ajuda, pode me procurar.

se ele não vai ser feliz comigo, espero que seja com você e que vocês possam realizar os sonhos que sonharam juntos, mesmo eu aqui torcendo veladamente pra que vocês terminem, eu sei que no fundo, ele é bem mais feliz com você.

sábado, 21 de agosto de 2010

bonito, inteligente, engraçado e solteiro? segura!

hoje combinei de encontrar uma amiga que eu não via a algumas semanas. aquele papo de sempre, como vai fulano? e sicrano? vai praonde hoje? essas coisas. Então ela me conta que está ficando com um cara, fala o nome, a cidade e tudo mais, conta a circunstância em que eles se conheceram (numa quase batida de carro, prova de que o amor não faz lá muito sentido) e aí eu faço aquela pergunta, aquela pergunta que na nossa idade é crucial para definir o carater de uma pessoa. Dependendo do lugar pode definir o credo, a classe social, a raça, o que ele espera do futuro e em quem ele vai votar pra presidente: 'Que curso ele faz?' Então, muito sem graça, com um sorriso amarelo ela me diz "Ele ta fazendo pré vestibular" ri demais, muito muito mesmo. Mas não foi um riso do tipo "eu to mangando de você por você estar pegando um cara que faz pré" e sim um sorriso de mim por sempre fazer essas perguntas pras minhas amigas.

Necessariamente uma pessoa entre 20 e 25 anos precisa estar fazendo um curso superior? isso faz dela uma pessoa melhor que as outras? sei lá, mas foi uma situação muito engraçada. Da próxima vez que uma amiga minha for me falar sobre um cara vou perguntar primeiro se ele terminou o ensino médio, sabe como é, do que jeito que homem tá dificil a gente não pode ficar se dando ao luxo de sonhar alto demais.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

bebi (delírios) demais

apesar da dor,

apesar do sofrimento,

apesar do coração duro,

apesar das palavras ríspidas,

apesar da raiva,

apesar da pena,

apesar da culpa,

apesar do erro,

apesar da mentira,

apesar das lágrimas,

apesar do fim,

apesar de todas essas e outras coisas eu ainda quero.


não sei bem o que, mais ainda quero.

ainda pulso, ainda bato, ainda sinto, ainda desejo, ainda sonho, ainda me desespero.

é sinal que todo iceberg pode ser derretido.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

eu não sei exatamente sobre o que é esse texto.

Estava eu aqui vendo as atualizações do orkut e chegando a algumas divagações...até as pessoas mais livres, mais difíceis, mais duronas, se amolecem um dia. Um amigo meu, que tanto falava de amor livre, de liberdade, de não se prender e tudo mais parece ser o mais novo presidiário do amor. Eu acho isso muito interessante...a gente não pode prever as coisas, pelo menos não essas coisas de amor. Tô falando de amor, amor de verdade e não de caras pra se pegar no final da festa depois que todas as suas amigas estão pegando alguém.

Eu mesma, tenho essa frescura séria de não pegar caras magros e pequenos, mas é capaz do destino aprontar uma comigo e fazer eu me apaixonar exatamente por um cara branco, baixo, magro e fã de evanescence. (peguei pesado, evanescence nem fodendo eu pegaria.)

De qualquer forma, isso seria na mais otimista das hipóteses, por que na hipótese mais realista, a qual é também compartilhada pelo meu ilustríssimo pai, eu não vou me casar. Vou morar com meus pais e com meu filho o resto da vida, o que não seria de todo ruim, por que eu poderia gastar o dinheiro do aluguel ou da prestação da casa com bolsas, sapatos e doritos.

Falando nisso, ontem saiu o resultado de um concurso que eu fiz pra Assistente Social do Tribunal de Justiça do Piauí, foram 47 classificados, fiquei em 15º, isso, junto com o "não sei de nada" do Lula, o cabelo da Dilma e a gordura do Ronaldo, são coisas que não dá mesmo pra se justificar. Logo por que, dentre as pessoas que ficaram bem abaixo de mim estão professoras da universidade, assistentes sociais recem formadas inteligentissimas e o cara mais inteligente da minha sala. Prova de que, pra fazer concurso não basta ser inteligente, tem que ter perspicácia. (isso e a sorte de sua professora no dia anterior ter dado uma aula que te fez responder no mínimo cinco questões.) Minha mãe ficou feliz, mais que eu, então já cumpriu o seu papel. Mas se me chamarem pra ganhar cinco contos prometo com meu primeiro salário comprar o maior pacote de doritos e dividir com meus irmãos famintos e carentes.

Eu tava falando de que mesmo? ah! do fulano revolucionário do amor que se bandeou pro lado dos encarcerados da paixão (parece nome de banda de forró). Pois é, fico falando essas baboseiras todas, mas o fato é que eu queria encontrar uma delegada (ou delegado) que conseguisse ter poder suficiente pra me prender também.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

as dez coisas que mais me irritam em relacionamentos

1 - Não seja mais amigo das minhas amigas do que eu. [isso é uma coisa séria, o sujeito começa a namorar com a gente, com o passar dos dias vai começando a se sentir em casa, cumprimenta seu cachorro, puxa o saco da sua irmã, virã fã do seu pai, até aí tudo bem, mas quando passa a confessar pras suas amigas que prefere dormir de luz acesa por que tem medo de fantasmas a coisa ta ficando mesmo feia e com sérios riscos de eu terminar o relacionamento.]

2- Não queira matar todo ser do sexo masculino que se aproxime de mim. [a gente tava conversando sobre Harry Potter, SOMENTE sobre Harry Potter! não há motivos pra querer esfaquear o cara só por ele gostar de desenhar uma cicatriz na testa.]

3- Não me leve apenas pra lugares elitistas. [na boa, meu espirito revolucionário não se dá bem com mais de duas facas na mesa, mais garçons do que clientes e banheiros mais espaçosos que a minha casa inteira.]

4- Não me peça em casamento a primeira vista. [juro por deus que você só está me achando linda, legal e super inteligente por que está sem óculos, são duas da manhã e você nunca falou comigo pessoalmente.]

5- Não seja mais sociável do que eu. [essa é uma regra meio idiota, mas é que eu geralmente sou a porta voz do casal, não sei me dar bem com um cara que é mais simpático e falante do que eu.]

6- Não pese menos que eu. [essa é uma das regras mais importantes de todas! não dá pra querer casar com um cara que pesa menos que eu! isso é contra as leis da física! me sinto uma baleia hoje, imagina daqui a vinte anos? serei humilhada todos os dias! definitivamente, não dá!]

7- Não seja do meu tamanho ou menor que eu. [outra regra importantíssima! não consigo dar crédito pra cara pequeno, não sei por que! nunca os imagino como homens, só como crianças órfãs precisando de brinquedos de natal.]

8- Não me olhe com pena. [DETESTO quando as pessoas sentem pena de mim. detesto quando o sujeito se acha o cara mais gostoso da face da terra, sendo que ele nem é. definitivamente eu não sou tão podre assim pra merecer a sua pena. na verdade, o contrário é que tem mais razão de ser.]

9- Não escreva errado na internet. [brocho total quando o cara usa pontos demais, quando erra na conjugação verbal, quando usa muitas gírias ou abreviações, quando escreve em caps lock, quando usa emoticons substituindo letras no msn, quando escreve com letras coloridas, quando tem letras coloridas no quem sou eu do orkut, quando tem comunidades com letras coloridas no orkut, quando tem muitas comunidades com titulos em caps lock, quando erra na concordancia...]

10- Não me idolatre. [no duro, eu tenho mais defeitos que a dilma, o lula e o wellington dias juntos! não me ache uma santa, até por que, não é como santa que eu quero ser tratada...]


posso estar esquecendo de alguma coisa, posteriormente é possível que eu faça algum apêndice com mais alguns motivos de irritação, por que pra me irritar basta se relacionar comigo.

domingo, 8 de agosto de 2010

and i´d give up forever to touch you...

se eu já fui seu tudo, quando é que eu virei nada?
se eu valia a sua vida, como fui agora valer tão pouco?
eu era seu ar, seus amigos, sua família, seu sorriso, sua lágrima, seu sonho, seu presente, seu futuro, como virei uma mancha que você insiste em querer apagar?

eu não entendo, não entendo mesmo nada, nem o começo, o meio ou fim dessa história.

quando leio as cartas, quando lembro das promessas, quando lembro dos sorrisos, e do seu olhar sonhador me achando a garota mais incrível do planeta terra.

eu não entendo quando lembro do seu choro, do seu gostar em demasia, das suas provas de amor de todo dia, dos nossos planos, da nossa casa, dos nosso filhos e do cachorro.

o pior, é que eu sei querido, que você morreu. você não existe mais, só em meus pensamentos. por que mesmo no corpo daquele que hoje parece com você, você não existe mais.

Você mudou tanto, nem parece o menino que eu amei. Por que tenho certeza que se ele ainda vivo fosse, mesmo que quissesse, não teria conseguido esquecer a imensidão de amor que tinha por mim.

Eu, eu fiquei aqui. Mudei pouca coisa. O sentimento permanece aqui dentro, intacto. Não sinto dor, ou raiva, ou qualquer um desses sentimentos ligados a paixão. Nada disso, eu só fico triste de saber que você não levou a sério todas as coisas que me disse. E que se pra você as coisas entre nós não foram tão profundas assim, saiba que em mim elas foram o mais profundo que alguém poderia chegar. E, mesmo se eu quisesse encontrar outro amor puro assim como o nosso, eu acho que não conseguiria. Até por que, o tempo ja consumiu minha juventude, minha pele firme, minha vivacidade, minha energia. Não tenho mais combustível pra sair mundo afora em busca de um outro grande amor, eu não, deixo isso pra garotas sonhadoras. eu prefiro ficar aqui, quietinha, vivendo um dia de cada vez, tentando criar menos expectativas com as coisas e lembrar dos dias em que eu fui amada de forma tão intensa, mas tão intensa, que uma vida inteira não seria capaz de me fazer esquecer desse amor.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

me desmancho em palavras, lágrimas e sentimentos.

O que faz de uma pessoa uma pessoa boa?

O que faz um padeiro um bom padeiro é ele fazer bons pães, certo?
O que faz o faustão ser um bom apresentador é ele sugar sua mente semanalmente por mais de 4 horas seguidas, certo?

Mas o que faz uma boa pessoa?

Eu me sinto puxada por todos os lados. É como se a força da gravidade estivesse me pressionando de várias formas diferentes. São muitas exigências a serem cumpridas e eu nunca tive, e agora tenho muito menos, equilibrio mental suficiente para tentar cumpri-las. Preciso ser uma boa aluna, boa estagiária, boa supervisora, boa pesquisadora, boa espírita, boa amiga, boa irmã, boa filha e boa mãe. Sendo que, só o fato de ser mãe consome 32547... horas do meu dia. Como é que eu acho tempo pra mim? tô perdida no meio disso tudo. Antes eu era a fernanda do movimento estudantil, das lutas, das reinvidicações, dos manifestos, dos protestos, dos duzendos caras correndo atrás, e agora? onde eu estou? praonde foi quem eu era? eu nem me sinto existindo mais. Juro que se não fosse meu filho ou o espiritismo eu não veria sentido de deixar meu sangue continuar correndo pelas minhas veias. As pessoas não entendem as coisas que eu passo, até por que, eu detesto conversar sobre as coisas que eu sinto. Quando converso com alguem sobre mim sinto como se estivessem invandindo minha casa, abrindo a geladeira e bebendo no meu copo.

Não estou reclamando da maternidade. Mas ela me fez deixar muitas coisas de lado, inclusive coisas que me definiam, coisas que eram muito parte de mim, que me sustentavam. Essa semana vou abandonar a supervisão, abandonar a pesquisa e trancar uma das minhas disciplinas. Está me doendo muito, até por que, por conhecer um pouco dos meus transtornos mentais por conta da profissão, sei que ficar em casa só acaba piorando minha doença. De qualquer forma, o blog é, agora, a única "pessoa" com quem eu divido as coisas sobre mim, e se você está lendo isso agora, peço por favor que não saia contando as coisas da minha vida por aí. Isso é só um desabafo, não uma revista de fofocas.

Quanto a ser uma boa pessoa, acredito que o fato de eu ser uma mãe ruim, uma aluna ruim, uma estagiária ruim, uma filha ruim, uma irmã ruim, uma espírita ruim e uma amiga ruim me impossibilita de ser uma pessoa boa.

mas eu tô tentando, pelo bebê, eu ainda tô tentando...

terça-feira, 20 de julho de 2010

espadas, escudos e cavalheiros invisíveis.

oi. voltei.

terminei meu namoro, logo, o blog passará a ser o alvo dos meus desequilibrios mentais.

essa semana, ao comunicar ao meu pai o término do meu namoro (sim, eu sempre converso com meu pai sobre meus relacionamentos amorosos, e de uns tempos pra cá percebi que as pessoas acham isso muito estranho) travamos o seguinte diálogo:

- ah pai, mas eu nem sou tão ruim assim, eu tenho coração!
- tem fernanda, um de pedra!

é.

É uma daquelas frases que deixam a gente sem resposta. eu ia dizer o que? ele estava certo. eu nem ao menos sinto que tenho coração (claro que falo isso com relação a homens, te amo mãe!) parece que passo pelas coisas sem que elas me atinjam. parece que sou superior, é como se eu passasse por cima de uma floresta queimando e não sentisse nem o cheiro da fumaça ou o calor do fogo.

E, agora pensando, isso é bom? de certa forma, estou protegida, tenho um escudo, mas também tenho uma espada, e não tenho a mínima habilidade pra lidar com essa espada.

as vezes eu corto sem querer, machuco, estrago, embora saiba quão incríveis são as minhas "vítimas".

é tudo muito confuso.

decidi ficar aqui, dentro do meu escudo, e tentar deixar minha espada debaixo da cama antes de sair de casa, pra evitar de cortar alguma coisa por aí.

sábado, 5 de junho de 2010

é por ele.

Espelho
Reflexo
Continuação de mim

Meu braço, minha perna
Meu passado e porvir

Meu alimento, meu sustento
Meu sentido de estar aqui.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

sobre quando eu não escrevo aqui.

estava eu aqui pensando que realmente faz um tempinho que eu não posto nada aqui. fiquei aqui conjecturando possíveis motivos para essa minha ausência. desinteresse? falta de tempo? preguiça? a flávia que tem vontade de enfiar uma faca no meu cerebro toda vez que eu imagino a possibilidade de usar o computador?

não não. na verdade, desde o dia vinte de abril (data do último post) meus dias estão mais acelerados que meu dinheiro pra ser gasto.

simplesmente estão MESMO muito corridos. amanhã de manhã vou lavar roupas, fazer um folder, fazer um comunicado, fazer uma garrafa de chocolate quente, passar na ufpi, xerocar esses folders, passar na padaria, comprar pães e bolos, isso tudo antes de chegar no estágio as oito horas da manhã.

mas não é só isso, as dez horas vou ter que sair do estágio, pegar o bebê, levar no médico, passar na farmácia e só então voltar pra casa, pra só almoçar e voltar pra ufpi pra trabalhar, depois voltar pra casa, pegar o bebê e levar no hospital pra tomar umas vacinas, e se eu ainda tiver pique, vou pra um evento de formatura de uma amiga minha a noite.

este blog é uma ferramenta muito útil em dois momentos da minha vida: quando estou com tempo ocioso, fazendo nada da vida ou quando minha vida amorosa está uma merda.

acredito que agora não me encaixo em nenhuma das duas situações, por isso minha presença aqui tem sido cada vez mais rara. acho que talvez eu não saiba escrever sobre coisas realmente felizes, ou sobre fatos cotidianos. Gosto de falar de tristeza, melancolia, pseudo grandes questões da humanidade ou sobre casos de problemas femininos altamente nada importantes.

de qualquer forma, resolvi aparecer aqui pra dizer pra você, taylor, que está tudo bem comigo. Meu filho fez seis meses semana passada, as aulas na ufpi estão indo bem, as viagens de final de semana a trabalho estão a maior curtição (pareci o narrador da sessão da tarde agora) e as coisas no estágio estão super tranquilas.

e quanto a minha vida amorosa, eu não tenho do que reclamar.

;]

terça-feira, 20 de abril de 2010

"mulher só pode é ter merda na cabeça mesmo" - papai

acabo de passar por uma situação no mínimo engraçada. (pra não dizer absurda) estava eu, mamãe e nicolas sentados na praça de alimentação do shopping esperando o papai que estava comprando um celular (quem comprou celular recentemente sabe que são horas e horas assinando papéis e tentando provar por a + b que você é você mesmo e não o pink e o cerebro querendo dominar o mundo) durante o longo tempo de espera vi um cara passando perto da mesa que estávamos, passou uma vez, duas, três, em um tempo de mais ou menos meia hora ele deve ter passado perto da nossa mesa umas cinco vezes, depois ele sentou na mesa em frente a nossa, fingiu ler um livro, mas sempre dava um jeito de olhar discretamente pra mim. ele era lindo, muito parecido com um namorado que tive, o mas bonito deles inclusive. e eu então estava radiante. estava pensando em maneiras de como estabelecer comunicação com aquele indivíduo. a coisa toda estava muito difícil, afinal minha mãe tambem tinha percebido a insistencia do cara de furar o chão perto da nossa mesa e ja havia comentado aqueles comentários de mães que não sabem o que dizer nessas horas. mas eu tinha pensado em anotar meu msn em um papel, chegar na cara dura perto dele e entregar (numero de telefone é muito old school) maaaas então meu pai chegou e eu tirei meus olhos dele por alguns instantes, quando voltei a olhar o encontrei de pé, com uma garota pendurada em seu pescoço e os dois estavam em direção a porta de saída.

fiquei arrasada! poxa vida! quer dizer que não era pra mim? o que era então? será que não sou bonita o suficiente pra suscitar olhares de interesse de caras bonitinhos irmãos gêmeos de ex namorados gatissimos? ele é muito safado! me traiu antes mesmo de nos conhecermos, e o pior, na minha frente! cadê o carater dele? cadê a índole e os bons costumes!? não se respeita mais as mulheres mesmo! ele não vale nada! safado! cachorro! sem vergonha! (sem comparações com a claudia leitte, por favor!)

então entrei no carro, triste e arrasada e me sentindo podre como tantas outras mulheres corneadas por aí.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

quem sou eu? (ê perguntinha besta!)

essa questão identitária sempre rende uma discussão bastante interessante. eu poderia passar horas e horas falando em quais "categorias" pareço me encaixar mais, e em quais eu não me encaxaria de jeito nenhum. até por que, as pessoas não podem ser definidas por uma palavra as 24 horas do dia, os 365 dias do ano, muito menos durante todos os anos da sua vida. o que a gente ainda pode fazer é destacar alguns traços da nossa personalidade que apresentam-se com mais frequência nas nossas ações cotidianas.

por exemplo, a maior parte do tempo sou uma pessoa nervosa, ansiosa e preocupada. sempre to pensando nas milhões de coisas que ainda tenho pra fazer (mesmo que na verdade eu nem tenha nada pra fazer, como bem enfatiza minha irmã)

na hora que escuto alguma história de violação, desrespeito, preconceito e afins logo fico diferente, meu coração bate mais rápido, meu sangue parece querer voar, fico inquieta e a vontade que dá é de vestir uma roupa de super herói e ir lá defender quem não tem ninguém que o faça.

também tenho um descontrole muito grande com relação a comida. as pessoas mais próximas sabem que eu divido muita coisa, roupa, sapato, bolsa, e até homem, mas comida eu não divido de jeito nenhum! não me aquieto enquanto não como o pote todo de sorvete, ou o bolo todo de chocolate ou o pacote todo de biscoito. (isso é mesmo sério! quando eu deixo pela metade eu fico fazendo as coisas pensando que aquele resto está me agurdando inquietamente na geladeira ou na despensa)

agora que virei mãe, também fico alterada quando alguém fala alguma coisa do meu filho, se falarem bem eu fico feliz, com vontade de chorar de ter sido abençoada com essa criatura na minha vida. mas se falarem mal, ou os velhos comentários de mãe solteira e bla bla bla fico uma fera! se fizerem meu filho chorar fico com vontade de esfregar a cara do sujeito no asfalto quente da frei serafim!

assim como meus pais e meus irmãos, são coisas sagradas, mais do que sagradas, super hiper mega importantemente sagradas! e quem mexer com eles vai conhecer alguem extremamente desequilibrado.

acho que dá pra ter uma noção de quem somos tirando pelas situações que repetidas vezes nos tiraram do nosso estado "normal", os motivos pelos quais nos alteramos, aqueles que mexem com a gente são os que fazem o que a gente é.Logo, eu poderia ser definida por 'um super herói filhinho da mamãe viciado em comida engordante'.

terça-feira, 13 de abril de 2010

me convoca, dunga!

sabe, eu cansei de ver fotos de casais apaixonados. fotos no mar, fotos na areia, fotos embaixo de árvores, em festas com amigos, fotos em festas de família, fotos em tardes de domingo, eu cansei.

é tanta felicidade, tanta cumplicidade, tanto amor que me dói bem aqui dentro do pulmão. (pra quem não tem coração o pulmão até que quebra o galho) é aquele velho sentimento chato de "fizeram uma festa altamente stronda e ninguém me chamou" (eu nem sei direito o que o termo 'stronda' significa, coloquei aqui por que a flávia odeia quando falo) é aquela coisa de ficar de fora, ser excluído, ser esquecido.

é quando todas as suas amigas estão lanchando bomba com fanta laranja no recreio da escola e você não tem dinheiro nem pra um bombom peeper. (mas nesse caso eu não posso simplesmente pedir um pedaço pra elas e matar um pouco a fome por que eu tenho meu maldito escrúpulo!)

e então eu fico aqui, assistindo tudo de fora, comentando a partida de futebol, sendo gandula do jogo, sendo aquele reserva louco pra ser chamado pelo técnico, aquele mascote inútil que nem sabe por que mesmo que está ali, mas que adoraria um dia poder sentir toda a felicidade que explode dentro do peito dos jogadores toda vez que eles fazem um gol.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

é só minha vida, nada de interessante hoje.

nossa, faz um tempinho que eu não escrevo nada aqui, tempo corrido + filho + irmã psicótica viciada em computador dá nisso. Enfim, nessa última semana algumas coisas coisadas aconteceram, na segunda eu e a aline criamos um cronograma de atividades pro hospital, que tipos de pessoas criam coisas que vão dar trabalho, consumir tempo e dar dor de cabeça? nós! por que a satisfação de fazer é maior que qualquer obstáculo. Na terça foi o dia mais corrido que eu ja tive até hoje no hospital, fiz dois atendimentos individuais com familiares e um atendimento com paciente SOZINHA! sem a supervisora por perto, escrevi parecer social, fiz as evoluções nos prontuários, nem deu tempo pra ficar conversando fiado com os pacientes como eu sempre gosto de fazer, me senti quase uma pessoa grande e cheia de responsabilidades! (no final do expediente fui jogar sinuca com uns pacientes, o que tirou meu crédito de pessoa fresca e cheia de responsabilidades) Na quarta eu fui pra conferência municipal de saúde mental, fiquei pouco tempo por que conversando com umas amigas, elas falaram de um projeto de pesquisa da universidade que tinha 20 estagiários com bolsa, e que uma delas havia desistido e que tava sobrando uma vaga, eu nem pensei duas vezes, liguei logo pra mamãe e perguntei se eu podia aceitar (toda coisa que eu vou fazer agora preciso saber se a mamãe pode ficar com o nicolas, não confio muito de deixar ele sozinho com a flávia) é um projeto de pesquisa agrícola, no interior do piaui, viagens todo final de semana, durante dois meses, o dinheiro, que pra muita gente pode parecer pouca coisa, pra mim que nunca ganhei nada é demais, nem sei o que fazer com tanto dinheiro, acho que vou dar pro meu irmão que ta juntando dinheiro pra comprar um video game ai, ou pra minha irmã que quer comprar um óculos coisado ai, ou pra mim que quero fazer uma tatuagem. vou ver ainda.

Sei que eu estou bastante empolgada com essa pesquisa, é tudo bastante divertido e novo pra mim, viagens, pessoas novas, comunidades agrícolas, e ainda vão me pagar por isso, melhor não poderia ser.

No final da quarta feira fiquei até de noite na conferencia, lancei algumas propostas que foram aprovadas pelo grupo de trabalho, discuti, conversei, briguei, enfim, fui a velha fernanda de sempre.

na quinta eu fui pra conferencia mas também passei pouco tempo por que tive que ir pra universidade pra uma reunião da pesquisa, como tinha pouca gente eu me desatei a falar, e toda hora o "chefe" da pesquisa dizia que eu era muito inteligente, que era mesmo pra eu falar e tal e tal, me senti uma pessoa quase importante. muito legal, de tarde eu voltei pra outra reunião com uma professora do serviço social dessa vez, muito bom, só que me disseram que as viagens só vão começar semana que vem, eu já tava tão empolgada de ir essa semana... mas deixa que é melhor que eu passo mais tempo com meu filhote, que tá mais lindo a cada dia que passa.

então é isso, tay, e a sua semana? foi boa? tu conseguiu fazer aquele negócio que tu me disse? espero que tenha dado tudo certo! beijos!

quarta-feira, 31 de março de 2010

dizem que sou louco, por eu ter um gosto assim.

oi taylor, como você tá? vai viajar na semana santa? eu vou pro interior da familia da minha mãe, e já estou sofrendo por antecipação. muitas crianças, zuada, barulho (muito pleonasmo aqui, não?) , carros de som, meus tios bebâdos, minhas tias comentando da minha vida, meus tios me humilhando por que eu faço serviço social e não direito, todos os meus parentes alfinetando uns aos outros sobre quem tem mais dinheiro e eu tentando enfiar minha cara em algum buraco ou me pintar da cor da parede pra ver se ninguém me nota.

Bom, mas enquanto o feriado não vem, quero dizer que minha semana lá no estágio foi muito boa, tem um paciente lá, o seu edimilson, que é um senhor de 53 anos de idade e eu gosto muito de conversar com ele, hoje ele falou pros outros pacientes que eu sou muito conversadera e inteligente e que eu divirto eles e que é muito bom me ter por perto, outros pacientes tambem concordaram com ele, disseram que é bom quando eu chego contando minhas piadas, falando da minha vida que assim eles se distraem e esquecem das "coisas ruins na cabeça".

Eu fiquei me sentindo tão bem quando ouvi isso, me sentindo útil, por que apesar da minha supervisora ter me dito trocentas vezes pra manter uma postura profissional, pra manter uma distancia entre mim e os pacientes eu não acho que seja assim que a coisa deva funcionar, eu acho que o tratamento deve ser o mais humanizado possivel, que a gente deve tratar o paciente como nós gostariamos de ser tratados, conversar, abraçar, ouvir, cuidar. Já é um sofrimento danado ser uma pessoa com transtorno mental, pra que transformar o tratamento dessa pessoa em mais outro transtorno?

Eu detesto ficar lá sentada na sala do serviço social, vendo papéis, carimbos e manuais reproduzindo a burrocracia estatal, eu gosto mesmo é de estar perto deles, conversando fiado, divertindo, contando piadas, tentando transformar aquele periodo de tratamento no menos doloroso possivel, eu já ouvi que eu sou assistente social e não palhaça, mas por que não posso ser as duas coisas? por que eu não posso ser um ser humano com eles? tenho que sempre ser uma máquina que só reproduz conceitos teórico-metodológicos?

Até por que, eu me sinto como um deles, eu sou um deles, e por isso mesmo me sinto bem a vontade estando com eles.


Se ser normal é aprender a ser besta e a reproduzir uma ordem social excludente e cruel, prefiro ficar assim, com meu jeito louco de trabalhar.

sábado, 27 de março de 2010

qual o assunto desse texto?

Tô fazendo um curso de saúde mental juvenil, quando cheguei na sala esperava ver carteiras, alunos sentados nelas, uma lousa e uma professora com roupas bonitas que eu nunca vou ter na vida. Mas ao chegar na porta vejo um monte de chinelos do lado de fora, ao abrir a porta vejo a professora sentada numa espécie de tapete voador do alladin, com uma calça igual a do genio do alladin e uma posição meio buda de se sentar. Outras pessoas estavam sentadas em outros tapetes que não eram do alladin, eu podia sentir o cheio de ervas inundando todo o ambiente, garrafas de chá sobre a mesa,sala a meia luz, muito fria, e então eu percebi que eu não veria apostilas, esquemas no quadro branco, nem aulas com slides.

era um curso de relaxamento, com técnicas de yoga (não, não era o pó de diamante nem o trovão aurora ataque) técnicas de rei ki e umas paradas lá que eu não sei do que se trata.

mas o que eu quero mesmo falar aqui, é que em um dado momento da meditação, ela pediu que imaginássemos que estávamos em um lugar tranquilo, com pessoas felizes e que lá poderiamos ser nós mesmos, sem precisar fingir.

foi aí que eu fiquei encucada. quem sou eu? (que pergunta idiota de filme de gente que tem amnésia) eu finjo tanto o tempo inteiro que eu nem sei mais como eu era, ou será que eu sou mesmo essa pessoa que sempre tira piada de tudo e que de vez em quando faz seus comentários cruéis e sarcásticos apenas para divertir seu público?

de qualquer forma, eu saí bastante relaxada da sala, o estágio nem me preocupa mais, to aprendendo a me adaptar à hipocrisia alheia, nem tenho mais tanto fôlego pra ficar sendo implicante com todo mundo, acho que to ficando velha.

minha rotina ta muito cheia, o que é bom, evita ociosidade corrosiva. Tenho que ler milhões de textos de antropologia, tenho que escrever um artigo que vai ser publicado em um livro sobre uma banda ou grupo de teatro daqui de teresina que eu ainda nem sei qual vou escolher, tenho que reelaborar meu plano de estágio e ler milhões de livros de psiquiatria.

como diria a flávia, ta ótimo.



mas ficaria melhor se eu não tivesse que ver algumas cenas absurdas na universidade e ter que fingir com a cara mais normal do mundo que eu não estava explodindo por dentro.

domingo, 21 de março de 2010

ela é que é louca.

minha primeira semana de estágio se foi.

Uma nova rotina, horários, prontuários, entrevistas, assembléias, reuniões, jaleco impecável, sapato fechado, cabelo arrumado, e um sorriso constante na cara. Mas o mais dificil pra mim está sendo ter que ficar calada. Ver coisas absurdas acontecendo e todo mundo achando normal, todo mundo exercitando plenamente seu lado conformista. Meu lado conformista ta totalmente sedentário, ele não costuma se exercitar, pelo contrário, nem me lembro aqui se ele ja teve algum dia de glória intensa.

To acostumada com a rotina da universidade, horários flexíveis, reuniões democráticas, assembléia de estudantes, chinelas havaianas e all star e cabelo de qualquer jeito. Essa coisa de entrar na linha é dificil (parece que sou um bandido do tráfico tentando se regenerar)mas eu tenho que tentar. A minha maior reclamação diz respeito ao horário dos outros profissionais do hospital. o médico trabalha em torno de três horas semanais, a enfermeira umas oito horas, a psicóloga trabalha umas vinte horas e a assistente social trabalha umas 30. Por que o tempo do médico tem mais valor que o tempo da assistente social? os dois não estudaram na universidade? os dois não tem pós graduação e registro no conselho de classe? o estudo do médico é mais dificil? quem disse? e o pior é que alem de tudo, ele trabalha so essas três horas e deve ganhar o dobro da assistente social. ISSO É UM ABSURDO!

Mas a minha supervisora falou que eu tenho que aprender a me calar nas horas certas, que é assim mesmo, que as coisas eram assim desde sempre tudo isso so por que eu falei na reunião da equipe técnica do hospital algo como "ei, vocês não tem que cumprir um horário não? tipo assim um expediente?" eles ouviram, entenderam, se chatiaram, mas mudaram de assunto pra não me responder.

e eu fico nessa luta interna terrivel: falar ou me calar? me fingir de morta ou lutar pelo que é certo? justiça ou não ser expulsa de lá?

taylor, o que você acha disso?


Bom, pelo menos os pacientes são muito bons, gosto de conversar com eles, de saber de suas histórias, de seus sofrimentos, de como são pessoas guerreiras.

tô pensando em organizar eles pra gente fazer um protesto contra essa folga toda do médico e da enfermeira, será que vai dar certo?

domingo, 14 de março de 2010

foi por uma.

preciso desabafar.

preciso bater, esmagar, esmurrar, arranhar, morder, esfolar, enforcar, furar, arrancar e matar.

Era uma prova simples, 10 questões de português, 10 questões de legislação do SUS e 30 de conhecimentos específicos. Eu ja fiz concursos piores, mais difíceis, com raciocínio lógico, informática, e a nível nacional. Esse era um concurso daqui de teresina, com poucas questões e aparentemente sem complicação. obviamente, a única coisa que eu estudei foi o SUS, por que aparentemente é o que parece ser o menos fácil. Mas, como o meu mar não anda muito pra peixe, a coisa toda teve que dar uma reviravolta absurda com o único objetivo de me ferrar totalmente. No item 5.4 do edital há uma parada que diz que para ser classificado o indivíduo precisa fazer no mínimo 50% de cada prova. Adivinha em que eu só fiz 40%?? em PORTUGUÊS!!! que deprimente! Nunca fiz menos que 70% nas outras provas de português que fiz anteriormente. Cara, to deprimida! As coisas não andam mesmo boas pra mim. Fora isso, acabei de encontrar o perfil do orkut do individuo que me deu o fora semana passada, é um menino, idiota e sem noção que gosta de se aparecer por que sabe tocar bateria e tem uns óculos cools. Na verdade até o mike shinoda se tivesse na minha frente seria alvo de duras críticas agora.

cadê a minha vida boa de antes? cadê a meia dúzia de caras me achando linda, inteligente e engraçada?

Uma bigorna daquelas da ACME de 15 toneladas caiu em cima da minha consciência nesse minuto. Preciso estudar mais, preciso fazer mais concursos, preciso começar a ganhar dinheiro. Já tô velha demais pra ser sustentada pelos pais.

Tô com vontade de chorar, de me achar a maior vítima do mundo e de pensar que nunca mais na vida serei alguém feliz. Mas isso seria mais deprimente ainda que acertar só 4 questões de português.

Amanhã começa meu estágio no hospital, amanhã começa uma nova rotina de trabalho, dizem que o certo é escraviário, que normalmente o estagiário é quem mais trabalha nas instituições e empresas. Espero que seja assim mesmo. To me achando criança demais, preciso tomar uma mega dose de realidade, sem acúçar ou adoçante. Preciso perceber que o mundo não gira ao redor do meu umbigo, e que as coisas não caem do céu (a não ser as bigornas da ACME) e que se eu quiser mesmo uma coisa eu deveria começar a fazer por onde.


o que eu aprendi com isso tudo é que a sorte não costuma ajudar você o tempo inteiro. Chega uma hora que ela começa a falhar, e é aí que você precisa mostrar que se a sorte te der as costas nem vai fazer tanta diferença assim, por que a competência vai estar ali pra te amparar quando precisar.

terça-feira, 9 de março de 2010

o dia em que eu saí de casa.

minha mãe não me disse filho vem cá, na verdade ela não disse nada, foi dormir, meu pai e a flávia ficaram com o bebê.

sábado, dez e quarenta da noite eu saio de casa, papai vai me deixar por que ele acha perigoso eu dirigir sozinha de noite (me senti tão adolescente quando papai me deixou na porta da festa), luana veio correndo pra me abraçar, ela ficou loira!! ta linda! kelsen tava lá do lado dela, como sempre, sua cara de bandido e seu coração de menino. eles formam um bonito casal.(são os padrinhos do nicolas) a karina e a aline também estavam la na porta me esperando, a aline ja tava com meu ingresso. era um show de duas bandas daqui de teresina, eita piula e validuaté (validuaté é minha banda favorita daqui do piaui e uma das melhores do mundo inteiro e da bahia), essa foi a primeira vez que eu sai de casa desde os seis meses de gravidez, estava achando tudo muito estranho, muitas pessoas, muito cigarro, muita bebida, zuada demais, mas encontrei muita gente da federal lá, meus amigos do CORDEL (coletivo regional de debates e estudos livres) e o pessoal da gestão passada do centro academico de história, foi divertido, conversar, rir, contar piadas, falar dos outros, maaas, três mulheres solteiras em uma festa, na faixa dos 21 anos, razoavelmente bonitas, pensam mais é nos seres humanos do sexo oposto. o baterista da primeira banda era lindo! cabelos cacheados bagunçados, branco, roupas que deveriam ser dois números maiores que o dele e uma cara de menino de 15 anos! (*___*)

estava eu ali curtindo minha paixão platonica quando a karina começa a conversar com um cara (se vocês vissem a karina entenderiam por que os caras começam a conversar com a karina do nada) e então o cara era irmão do sanfoneiro da banda (em teresina TODO mundo tem alguma especie de ligação) e ela falou pra ele falar com o irmão dele pra me apresentar o baterista, quando a karina veio me falar isso eu gelei! fiquei nervosa, branca, sei lá, o primeiro pensamento foi "eu não sei mais fazer isso, to velha demais pra essas coisas" faz um ano que eu não namoro com ninguém, não sei ficar com ninguém, então o show da primeira banda acabou e o cara "amigo" da karina foi nos apresentar, o nome do baterista era caio, joguei uma piadinhas legais ("os baterista são sempre injustiçados, não é? e bla bla bla") mas ele inventou que ia ali fazer sei la o que e não voltou, depois disso ficou passando por mim várias vezes mas nem olhava na minha cara. enquanto isso a karina ja estava conversando com outro cara, e esse cara tinha um amigo, então ela e a aline estavam la conversando e tal e tal...

eu, sozinha, no meio de um monte de gente quase conhecida, luana e kelsen ja tinham ido embora e minhas duas amigas estavam se ajeitando.

não que eu ache que uma festa só é boa quando se pega alguém, pelo contrário, o único cara da festa que eu estava disposta a ficar era o baterista, mas levar um quase fora de um cara que deve ter no máximo 16 anos é podre!

fiquei lá dançando um pouco com o pessoal de história, depois fui la pra fora pra ligar pra flávia pra ver se tava tudo bem com o bebê, e então, no meio do show do validuaté eu sai, eram duas horas da manhã e eu estava morrendo de saudade do meu filho, e percebi como eu sou muito doente da cabeça. o fato de eu não ter ficado com o baterista bonitinho me desqualifica como pessoa? isso quer dizer que eu sou feia, desprezível, chata e velha?


você tá sacando o nível que eu tô, taylor? nem garotinhos pirralhos eu to valendo mais. to na camada pré-sal e sequer achei o pote de ouro.



quer dizer, achei sim, terminei a noitada de sábado com meu bebê no colo e a sensação de que eu deveria aprender a valorizar as coisas certas.

quinta-feira, 4 de março de 2010

maternidade, caridade e outras ades aí.

posso ouvir o sorriso dele em minha cabeça sem ao menos precisar me esforçar para isso.
posso sentir seu cheiro ao meu redor a quilometros de distancia.
posso sentir a maciez da sua pele em meus dedos sem precisar tocá-lo.
posso saber o que ele quer sem que ele precise me dizer.

a maternidade é mesmo algo incrível. nunca na vida tive tão bons motivos para ficar em casa o tempo inteiro. nunca na vida fui tão completa, tão amada, tão útil.

me chame de vagabunda, de rapariga, de burra, e até de fã do calypso,
me chame de idiota, retardada e até de sapatão
me chame de otária, de incoveniente e de sem noção
me chame de qualquer coisa, por favor me chame de qualquer coisa mesmo
desde que não me chame de mãe ruim.

não há uma coisa que possa me ferir mais do que isso. e quando eu ouço coisas do tipo: "tu devia era ficar mais tempo com teu filho!" ai eu morro.

Não havia uma coisa no mundo que eu gostasse mais que o movimento estudantil. mais do que o centro acadêmico, mais que minhas discussões e debates, mais do que meus encontros políticos, mais do que tardes inteiras discutindo representação estudantil e movimentos sociais.

e de repente, me vi mãe.

tudo mudou, inclusive minhas prioridades, deixei de querer passar uns dez anos na universidade vivendo de movimento estudantil, pra querer me formar o mais rápido possivel pra poder dar o máximo de conforto pro meu filho. Até por que, ser mãe solteira é dificil, você pode me dizer o que quiser taylor, que a sociedade evoluiu, que os tempos estão modernos, que o amor livre ta na moda e tudo mais, mas mesmo assim ainda hoje sou alvo de críticas, ainda hoje as pessoas me olham torto e comentam que no mínimo eu não valho nada, e eu me sinto agora ainda mais motivada pra mostrar que sim, eu valho alguma coisa, que eu posso ser boa, posso ser estudiosa, esforçada e boa pessoa, mesmo tendo um filho sem pai.



mudando agora totalmente de assunto, no post passado uma pessoa anonimamente fez um comentário que me deixou bastante pensativa. primeiramente achei que fosse algum ex namorado frustrado e rancoroso, mas pelo visto não é.

se não for um ex namorado, ou uma namorada de algum ex namorado, então pode ser uma pessoa que apenas está querendo me alertar pra uma coisa que eu sempre achei também mas que deixava no canto, debaixo do tapete.

eu realmente concordo que as vezes sou bastante fria, distante, que as vezes pareço ser superior ou algo do tipo (alguns amigos meus chamariam isso de viadagem)

mas eu quero dizer que eu to tentando, sério, de verdade.

desde que eu me aproximei mais da doutrina espírita eu tenho tentado mudar esse meu lado egoísta.

é que eu tenho medo das pessoas, elas ferem, matam, nos fazem em pedacinhos.

e por isso fiz esse muro todo, por isso as vezes pareço ser tão babaca.



é sempre bom ouvir umas verdades de vez em quando, obrigada.

quarta-feira, 3 de março de 2010

TEORIAS ABSURDAS - PARTE I

conversando com um amigo gay, um ex namorado e duas amigas com experiências em relacionamentos longos, cheguei a uma teoria bastante coisada: (pensei em um adjetivo melhor mas 'coisada' se aplica bem).

Os homens gostam mesmo é de proteger, cuidar, sentir que a mulher precisa dele, e não o contrário.

Já tive oito namorados em minha longa vida (explicação para isso: meus relacionamentos são quase sempre curtos e desses oito três foram virtuais) e em toda a minha vida só lembro de uma vez, um desses namorados ter pago uma entrada de cinema pra mim...e pronto!

era normal pra mim sair e pagar as cervejas do indivíduo e dos amigos dele, era normal comprar presentes caros sem nem ao menos ter uma data comemorativa que os justificasse, era normal pegar e deixar o cara em casa, servir ele quando iamos a restaurantes, cuidar das coisas dele quando iamos a clubes, cuidar quando ficavam doentes.

mas um dia, conversando com essas pessoas citadas no inicio do post eu percebi que fazer essas coisas não era normal! que na MAIORIA dos casais (pasmem!) é o homem quem faz essas coisas que eu costumo fazer.

eu tinha um ex que dizia que eu era o homem da relação, mas eu sempre achei que fosse brincadeira...

então agora parece que eu encontrei uma justificativa lógica e plausível para o fato de meus relacionamentos tenderem ao fracasso desde sempre.

por isso eles me trocaram por mulheres frágeis, meigas e dependentes deles financeira e intelectualmente.

eu sempre me orgulhei de ser forte, independente, segura, mas agora eu vejo que essas não são qualidades apreciadas pela maioria dos homens...

é como se pra eles eu fosse tão independente que eu não precisava deles ao meu lado...

mas eu preciso...

é que eu gosto de cuidar, de ajeitar, de mimar, mas tambem gostaria que fizessem isso comigo, mas nunca fizeram... tanto que até hoje só ganhei rosas uma vez na vida...logo eu que sempre achei tão lindo ganhar flores...

então garotas, se vocês querem mesmo conquistar um homem, comecem dependendo dele, deixando ele pagar tudo, em hipótese alguma demonstre que você é mais inteligente e mais culta que ele, deixe que ele pense que ele é o cara mais engraçado do mundo, não compre presentes fora de datas comemorativas, não o sirva, não pague as cervejas dele, enfim, demonstre ser totalmente dependente, quem sabe assim você consiga fisgar o partidão, casar com ele, e aí sim, mostrar quem você é de verdade: mais engraçada, inteligente, culta, e financeiramente estável do que ele.






post de sacaneamento com verdades implícitas.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

pirulitos, relatórios e outras discrepâncias.

esses últimos dias eu tenho sentido uma vontade grande de voltar a ser adolescente.

pintei o cabelo de vermelho, assisti o dvd do luan santana umas cinco vezes, chamei meia duzia de amigas pra sair (embora todas elas estivessem ocupadas demais com relatórios e seminários e nenhuma tenha tido tempo livre pra mim) e reli diários antigos.

tá, eu sei das minhas responsabilidades, taylor...
é como se eu me sentisse ao mesmo tempo tão menina quanto qualquer menina de 14 anos e tão mulher quanto qualquer mulher de 20 anos.
tenho as mesmas necessidades de ambas.

quero sair, brincar, conhecer gente nova, mas também não deixo de pensar no estágio, no TCC, nas apostilas de concurso jogadas na minha cama pra fingir pra mamãe que eu as leio todos os dias...

é que era tudo tão leve naquele tempo, minhas responsabilidades se resumiam a ver todas as aparições na TV e comprar todas as revistas possíveis do KLB e, posteriomente, do LinKin Park.

Eu era loooouca pelo Mike Shinoda e importunei meus pais pra fazer uma tatuagem escrito KLB nas costas. (algumas poucas vezes na vida nossos pais tem PLENA razão em nos dizer não!)

Deve ser por isso que ainda hoje eu gosto de meninos, não sou a xuxa nem sou pedófila mas adoro meninos de 15, 16, 17 anos...

é que eu as vezes acho que ainda tenho meus 14, 15 anos, e que caras acima de 20 são realmente muito idosos!

eu deveria estar caçando um cara de vinte e poucos anos, maduro, inteligente, com emprego, formado e tudo mais.

mas o que eu realmente quero não existe.

queria um cara de vinte e poucos anos de idade mas que as vezes fosse um menino de 14 anos muito empolgado por seu pai ter lhe dado um video game...(pausa para lembranças de uma única pessoa que conheço que se encaixa nessas exigências...)

enfim, taylor, se você encontrar alugém que se encaixe nesse quesito, ou amigas que queiram sair pra brincar, ou psicólogos que tratem de pessoas com dificuldade de crescimento me avisa.


qualquer coisa se não der certo me amigo com o peter pan e vou ser primeira dama da terra do nunca!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

coisas pra fazer antes de morrer

como todo mundo já sentiu alguma vez na vida estou sentindo que as coisas estão acontecendo numa velocidade rápida demais, e que eu não consigo acompanhar.

são amigas da mesma idade noivando, casando, comprando carros, trabalhando e eu aqui adorando tomar ninho solei e jogar war.

por isso, eu resolvi escrever aqui algumas metas pessoais de vida que deverão ser cumpridas nos próximos 60 anos: (prazo maior que esse só o das casas bahia)

1 - Livros a serem lidos:

a hora da estrela - clarice lispector

caminhos da servidão - Hayek.

as flores do mal - baudelaire

os mandarins - simone de beauvoir

ana karenina - leon tolstoi

percy jakson e os olipianos - rick riordan

o serviço social na contemporaneidade - iamamoto

crime e castigo - Dostoiévski


2 - Filmes a serem assistidos:

a cor púrpura

o poderoso chefão

bonequinha de luxo


3 - Mestrados

saúde pública - UFPI

políticas públicas - UFPI


4 - Doutorados

saúde pública - FIOCRUZ - RJ

sociologia política - UFSC

5 - Países a serem visitados

canadá

inglaterra

frança

argentina

angola

6 - Projetos a serem executados

habitação popular

Centro de apoio a mulheres vítimas de violência doméstica

Centro de apoio a gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, travestis e transsexuais.

Centro de prevenção e recuperação de transtornos mentais

escrever um livro


7 - inutilidades a serem compradas

vários sacos de fandangos e doritos

um carro

o dvd do luan santana


8 - Desculpas

pedir desculpas a todos meus ex namorados por ter feito todos eles sofrerem.

pedir desculpas a todos meus inimigos políticos pelos ataques pessoais.

pedir desculpas pra giselle por ter ficado com o ex namorado dela

pedir desculpas pra flávia por tantas vezes ter batido nela

pedir desculpas pro andré por explorar sua força de trabalho


9 - Segredos a serem desvendados

qual o final de "a caverna do dragão"?

o lula sabia ou não sabia?

o super homem é marido da mulher maravilha?

qual a verdadeira idade da xuxa?

por que o josé paulo netto escreve de um jeito tão escroto?



10 - Sonhos de infância

casar na igreja

ter mais dois filhos, um menino (raul) e uma menina

acabar com a injustiça do mundo

viver num lindo mundo encantado de flores, borboletas, graminhas verdes, crianças brincando com bolas coloridas, adultos lendo livros com figuras bonitas e bolo de chocolate para todos.


The End.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

vou estagiar num hospital psiquiátrico, seria engraçado se não fosse cômico.

por que eu tenho postado com uma frenquência razoável (só a flávia vai entender a graça do "razoável") neste blog?

você já foi do tempo do bate papo da uol? do icq? do mirc? dos fóruns de discussão?

é, eu fui.

e eu lembro que nunca faltavam pessoas pra conversar comigo.

mas agora nessa era msnênica tudo mudou!

nem sei por que cargas d´água eu ainda fico on line! não há diferença de quando estou off pra quando estou on, ninguém fala comigo mesmo.

maaaaaaas, também não vou aqui bancar a coitadinha e dizer que "ninguém me ama e ninguém me quer" por que seria mentira demais.

por que eu não encontro alguém que nem eu? suavemente sarcástico e irônico, levemente cruel, ligeiramente crítico...

semana passada eu quis sair pra um show e a unica que pessoa que restou pra ir comigo foi a flávia (não desmerecendo você, mas ja desmerecendo) mas sair com a irmã mais nova é uó do fracasso social!

então, acho que da próxima vez vou chamar meus amigos virtuais imaginários pra ir comigo, dai a gente discute um pouco, joga uno virtual, se vê na web cam e canta musiquinhas alegres no microfone do msn! \o/






meus posts estão piores a cada dia.
e minha sanidade mental também.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

não quero ser Fukuyama

papai comprou a revista veja dessa semana com a Dilma Rousseff na capa. estou a alguns minutos vendo umas fotinhas bonitinhas do nicolas no computador e refletindo se eu estou ou não virando Dilma.

Dilma Rousseff, atual ministra da casa civil do governo Lula, era uma entusiasta da causa socialista quando jovem. participou de grupos de "guerrilha armada" na época da ditadura, grupos esses responsáveis por ataques a bancos e a instituições públicas.

e hoje ela é o braço direito do poderoso chefão e ao invés de atacar os bancos, dá-lhes cafunés e agrados.

qual o motivo de toda essa mudança? como pode uma pessoa defender com unhas, dentes e explosivos uma idéia e anos depois defender com plásticas, botox e unhas pintadas outra idéia totalmente oposta?

dizer que a resposta para isso tudo é dinheiro e poder seria simplificar a coisa, acho que os motivos não podem ser assim tão simplórios.

mas voltando a mim...

eu, desde que me entendo por gente, gostei de ser a contestadora.

lembro-me claramente das brincadeiras no jardim de infancia, de quando ia reclamar pra tia francelina (coordenadora do colégio) que o fulano tinha me batido e ela com um olhar falsamente preocupado dizia "-não tem nada não, é assim mesmo"

COMO ASSIM É ASSIM MESMO???

eu me revoltava! não podia ser assim! por que? quem quis? quem disse? por que não ser de outro jeito?

e assim começou minha caminhada rumo a algum lugar que eu não sei bem aonde fica.

e foram seguindo-se episódios semelhantes, como quando demitiram um professor queridisimo de redação somente por que ele levava violão pra sala e ficava cantando com a gente ao invés de mandar a gente escrever 30 redações no mês.

fiquei p. da vida, entrei de sala em sala, pedindo pros estudantes irem pro pátio, subi em um banco e comecei a discursar, que aquilo era injusto, que eles deveriam ter nos consultado, que aquilo era uma escola de pessoas e não de máquinas e bla bla bla

RESULTADO: tirei 0 no simulado e meu pai foi chamado na direção, meu pai disse que eu era muito irresposável e tudo mais (ele é funcionário do colégio, e eu sempre estudei com bolsa de estudos,o que agravou mais ainda minha bronca)

enfim, mesmo assim, não desisti, e na universidade encontrei espaço pra exercer de fato meu lado revolucionário.

discursei, viajei, briguei, protestei, virei noites discutindo politica, subi em carros de som pra gritar palavras de ordem, amanheci o dia na universidade pra impedir que colocassem grades nos corredores...

mas ai veio o nicolas, e esse meu lado revolucionário que era pra mim a coisa mais importante, de repente perdeu a prioridade.

me formo esse ano, e logo virá o trabalho, o mestrado, as contas...

fico aqui pensando, perderei eu meus sonhos e a vitalidade de lutar dos meus tempos áureos? virarei eu uma Dilma Rousseff??

espero que não, e a propósito, não votem na Dilma, esse post não é uma propaganda do PT/PSDB ou qualquer P desses.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

ovelha negra

interessante perceber como algumas coisas aqui em casa simplesmente nunca mudam.

eu SEMPRE sou a filha que gasta dinheiro demais, que fala demais, que é egoísta, que gosta de sair de casa, que tem roupas e sapatos demais, irresponsável e que estuda de menos.

entretanto, gostaria de fazer algumas ressalvas para meus queridos pais: (sim, eu sei que eles nunca irão ler esse textículo)

1 - eu não gasto dinheiro demais, pelo contrário, geralmente quando vou comprar coisas com a flávia é ela quem quer as coisas mais caras.
2 - eu falo demais sim, mas só frivolidades, nada realmente sério sobre mim.
3 - eu não sou egoísta, pelo contrário, eu penso muito nas outras pessoas até, e tenho um projeto pessoal de vida que inclui trabalhar para a melhoria da qualidade de vida do maior número de pessoas que eu conseguir.
4 - não é que eu goste de sair de casa, mas eu definitivamente não sou uma boa companhia pra mim, então saindo de casa esqueço de mim e me preocupo com as besteiras alheias.
5 - eu tinha roupas demais antes de engravidar, agora to gorda e metade do que eu tenho no guarda roupa não serve.
6 - não sou tão irresponsável assim, ou sou? sei lá, não tenho um argumento pra isso.
7 - não é que eu estude de menos, é só que eu não gosto de estudar quando tem alguém me observando.


de qualquer forma, espero que a flávia leia e me defenda também, e que um dia eu passe a ser reconhecida pelas minhas parcas qualidades e não pelos meus extensos defeitos.


p.s.: não poderia deixar de dizer que uma incrível qualidade que possuo é a de sempre achar alguem parecido com alguém. "- menina, num tem o sicrano? ele é a cara do beltrano, não é?" " - MEU DEUS, FERNANDA! é mesmo!"

outro post pra galeria dos "eu deveria deletar essa merda!"

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

post sem propósito

onze horas da noite, nicolas ja pegou no sono, minha irmã mutante que tem bites correndo nas veias não me deixa usar o computador, to apelando pro notebook da mamãe que não é lá muito legal, sempre erro pra digitar e nunca me acostumo com a falta do mouse.

a prova de hoje foi boa, mas boa mesmo é a professora que deixou a prova ser consultada em grupos de três. Mais fácil que isso só sorvete de dois litros da kibon acabar em uma hora aqui em casa.

esse post está totalmente sem nexo, eu sequer tenho um assunto ou um tema pra tratar aqui no momento, é que eu to entediada, sem sono e o msn desse computador num presta. Então me sobrou você taylor (hahaha, você é o resto!)

hum, as coisas estão boas, me sinto melhor desde aquele último post, embora eu ache que eu tenha engordado alguns quilos e embora eu sempre odeie quando minha irmã diz "ah, não se preocuope, você é mãe!" como assim?? mães obrigatoriamente tem que ser gordas e feias?

pra quem nasce feio o problema nem é tão grande. Mas eu ja fui bonita um dia. Já fui magra, meu cabelo já foi bonito, já tive vários pretendentes e ja me senti a garota mais poderosa do mundo, mais até que as três meninas superpoderosas juntas.

não que eu me ache horrivel agora e tudo mais, mas tenho que te confessar que estou um pouco mais rabujenta.

mas sinto como se as coisas não me afetassem. Não sei se isso é bom ou ruim, não me arrumo, não me maqueio, nem mesmo tenho vontade de tirar fotos sexys pra tentar fracassadamente aumentar minha auto-estima. eu simplesmente não to nem aí.




hum... e você taylor? já passou por isso também?

quer saber, não precisa responder, eu não to nem aí mesmo.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

quem poderá me salvar?

ultimamente eu tenho sentido vontade de sair. não sei exatamente praonde, mas é uma vontade de conhecer pessoas, conversar, discutir, dançar, pular, enfim, me divertir um pouco. Não que eu não me divirta cuidando do meu filho, pelo contrário, me divirto muito, mas tô sentindo falta de pessoas na minha vida.

Muito embora eu também me sinta meio culpada de estar sentindo isso. eu não sei exatamente o que pensar sobre isso...é errado mães saírem de casa? é errado eu querer ir ao cinema? teatro? barzinho?

as mães que eu conheço tem maridos, então elas saem com eles, mas o negócio com mães solteiras é mais complicado. Se eu sair sozinha por aí logo vou ouvir comentários do tipo "olha a péssima mãe que ela é!" "deve ter deixado o filho jogado em casa sozinho" sei lá. Pode ser tudo só paranóia (o que é mesmo bem provável vindo de mim) mas eu realmente to inquieta com isso, até por que não é apenas da opinião das outras pessoas que estou com medo. Estou com medo da minha própria opinião a respeito.

Mas minha mãe é como uma mãe pro meu filho, as vezes até acho que ela sabe cuidar melhor dele do que eu (embora eu não admita isso em hipótese alguma pra ela!) e ele não mama só leite do peito, ele tambem toma de vez em quando o leite NAN quando eu to na universidade e tal..então, qual é mesmo o problema?

me ajuda taylor, o que você pensa a respeito? é certo? errado? duvidoso? devo perguntar aos universitários? o Justus me ajudará com a resposta?



o certo é que me sinto sozinha.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

fake plastic trees.

deveria existir uma convenção mundial sobre mentiras boas de se ouvir mas que não deveriam ser ditas. mas se os dois envolvidos acham o fato naquele momento uma verdade mas agora não acham mais, vale a pena ter sido dito?

alguns tipos de mentira deveriam ser proibidos, principalmente aquelas que envolvem "vou te amar pra sempre" "você é a mulher mais incrível de todas" e a sempre presente "eu nunca conheci alguém como você!"

ahhh, sem deixar de lado a velha amiga "quando a gente se casar..."


eu costumo ser verdadeira nessas coisas de sentimentos, isso quando eu expresso alguma coisa, geralmente sou uma pedra (antes não falar nada do que falar só pra iludir). Se eu não amo, eu não falo, se eu não acho o cara lindo, eu não conto, se eu não tenho vontade de casar com ele, eu não digo.

mas eu já ouvi, várias vezes até, caras dizendo que eu sou incríííível! que querem meeeesmo casar comigo, daí termina comigo e arranja outra pra quem eles vão contar as mesmas mentiras boas de se ouvir.

e aí? valeu ou não valeu a pena passar por isso?

meu pai sempre diz que eu sou muito desconfiada, ontem mesmo ele comprou um celular e assinou uma internet banda larga e eu o enchi com perguntas do tipo: "papai, por que o senhor não me levou? eles devem ter lhe enganado" "isso não deve ser um valor fixo, deve ser variado, não iria ser tão barato assim" "por que ele faria esse preço pro senhor? ele é seu amigo? seu parente? aí tem coisa!"

acho sim que valeu a pena, toda boa mentira que eu já ouvi, a questão é que depois dá vontade de ir lá cobrar pro individuo todo o amor eterno que ele me jurou e esfregar na cara da outra que ele ta com ela só passando o tempo e que na verdade eu sou a mulher da vida dele.

mas quando o 'passando o tempo' já faz mais de dois anos fica difícil continuar acreditando nisso.

então eu fico aqui, lembrando, relembrando, criando e recriando mentiras. Quem sabe nesse bolo todo eu não consiga ainda encontrar alguem que me conte verdades boas de se ouvir?

até mais, tay!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

elas por elas.

ela veio.

estava com a mesma pele branca e macia de sempre, com o mesmo cabelo com rabo de cavalo que eu sempre gostei, com o único perfume doce que nunca enjoei, com os mesmos sorrisos e trejeitos que sempre admirei.

e fiquei tão feliz com a presença dela, com as histórias dela, deve fazer mais de um ano que a gente não se via, mas conversavamos com uma intimidade de quem se vê todo dia.

e ela é tão linda, tão linda quanto eu sempre me recordava em minhas belas lembranças.

eu estava mesmo me sentindo muito sozinha esses últimos dias, sem amigos e tudo mais, e a presença dela foi um sopro de esperança, um sopro que dizia, "ei, você não está sozinha, a giselle ainda gosta de você!"

e esse nome!? que nome! em minhas brincadeiras de infância eu sempre usava esse nome, e também sempre tinha 14 anos por que em minha grande ingenuidade eu achava que essa era a idade da completa liberdade. Mal sabia eu, que mesmo hoje, aos 20 anos, ainda não alcancei essa utopia. (se eu tivesse alcançado não seria mais uma utopia, certo?)

voltando à giselle...

hum, fico nervosa com a presença dela, não é como minhas outras amigas, eu tenho vontade de tentar agradá-la, de parecer legal, madura e engraçada.

de qualquer forma, fiquei mesmo muito feliz com a visita dela e espero que a gente se veja com mais frequencia nesse ano, mas se não der, tudo bem, as imagens que tenho dela na minha cabeça são as melhores possíveis.

sábado, 30 de janeiro de 2010

ééééééé não!

por que não eu, aaaaaaa, por que não eu?

eu te digo o porquê...

por que não e acabou, simples assim.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

poeira ao vento.

a vida em sociedade é uma coisa por demais interessante.

você já viu a infinidade de insanidades que surgiram nesses últimos tempos na internet para as pessoas passarem (perderem) seu tempo?

facebook/twitter/orkut/blog/formspring/skoob/lastfm/flickr e mais um carai de asa aí.

e isso tudo pra que?

é tudo um grande placebo para curar solidão, carência.

tenho aqui que concordar que parece que os tempos estão diferentes, fluídos, efêmeros, fragmentados, etéreos. não quero aqui bancar a pós-moderna mas sinto que as pessoas não tem mais tempo pra sentir as coisas de verdade.

- ah não tenho tempo pra estudar!(e sem perceber passa três horas seguidas postando fotos no albúm novo do orkut)

a coisa toda é muito bem feita. as pessoas nem ao mesmo percebem que estão assim, sei lá, diferentes.

bonito? só com efeito
amizade? só no msn
aproximação? só pelo orkut
exprimir sentimentos? só através do blog


e daí?
isso é bom ou ruim?

sim, não, muito pelo contrário.

a questão é que eu acho que tudo 8 ou 80 faz mal (olha só, logo eu, 8 ou 80 em pessoa falando uma coisa dessas) mas é verdade.

precisamos de mais contato, tato, pegar, cheirar, sentir, ouvir, ver.

parece que agora os verbos são outros, teclar, postar, acessar, visualizar, publicar, salvar...

mas e se não for esse contato virtual, o que será? estamos tão habituados a convivencia através de bites que esquecemos como nos relacionar à moda antiga, se não for isso, só nos resta ficar remoendo sentimentos ruins e a solidão.

talvez essa virtualidade seja válida pra evitar o ostracismo por completo, embora eu creia que a coisa ta demasiado pós moderna.

mas como diria o grande Karl: "tudo o que é sólido se desmancha no ar" - e é pensando nisso que percebo que precisamos reconstruir nossos paradigmas. dessa vez com aspectos menos abstratos e fugidios.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

é tudo um nada.

nada.

saca a profundidade disso?

nada.

é o contrário do desespero, da ansiedade, da agonia.

nada.



nada é como me vejo, como me sinto, como percebo, como sobrevivo.

não estou reclamando nem nada, até por que minha vida não tá ruim, mas tambem não ta uma maravilha

nada é sinônimo de mais ou menos, exatamente por que mais ou menos não significa nada.

- fulano, você tá com frio?
- mais ou menos


e????

tá ou não tá com frio? eis a questão.

hum.

não faço a mínima idéia de onde quero chegar com esse texto.

aliás, até faço.

nada.

lugar nenhum

necas.

zé finim.


quem inventou esse tal de zé finim? será que ele era alguém assim tão nada quanto eu? precisamos nos encontrar pra dividirmos algumas nadices em comum.

hum.

tenham uma vida bem nada.

mas não deixe que nada atrapalhe ou te desespere.

simplesmente seja nada e seja nadamente feliz, acredite esse é o caminho para a nadenção.

que???


esquece, não falei nada.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

porto seguro?

já faz alguns dias que eu venho pensando sobre uma mesma questão...

o que as mulheres realmente querem?

traduzindo melhor a pegunta: o que as mulherem querem de um homem?

ele precisa ser bonito? inteligente? educado? safado? confiável? pilantra? malandro?

pensando e repensando sobre isso consegui achar um denominador comum, que pelo menos na minha opinião, permeia os desejos de quase todas as mulheres que conheço.

o fato é que as mulheres querem mesmo é se sentirem protegidas.

mesmo que o cara seja nem tão bonito assim, ou nem tão inteligente assim, ou nem tão rico assim.

não sei, talvez isso possa ter comprovação antropológica, talvez isso ja venha desde os tempos pré históricos.

é uma coisa de poder sentir-se segura, de saber que qualquer coisa você pode contar com ele. se o pneu furar, se um ladrão entrar em casa, se encontrar um rato na cozinha ou só pra chorar no colo dele.

a questão é que sentir-se protegida é uma das melhores sensações que eu ja tive a oportunidade de experimentar, poucas vezes, mas o suficiente para saber que eu realmente quero me sentir assim pra sempre.

talvez eu procure em um homem uma extensão do meu pai, não sei com relação a outras coisas, mas eu realmente quero um homem que me faça sentir protegida como meu pai faz.

talvez seja por isso que muitas mulheres aguentam muita coisa dentro de casa, algumas aguentam murros, socos e gritos por que quando a violência não está acontecendo encontram um homem que as fazem sentir-se seguras do mundo lá fora. (mesmo que o inseguro seja dentro de casa)

dá pra entender, taylor?

é uma coisa que eu não sei mesmo te explicar direito.

é por isso que algumas declarações bregas de amor insistem em dizer "ah, fulano é meu porto seguro".

não gosto muito dessa expressão...

então quer dizer que o sicrano (metaforicamente um barco) pode frequentar vários portos por ai, por que aquele porto, o melhor, vai estar esperando quando ele quiser.

mas isso já é outro ponto que sempre me confundiu a cabeça e me faz dar opiniões cada vez mais sem lógica: fidelidade.

nem a favor, nem contra, muito pelo contrário.


só sei de uma coisa, a questão é fazer o que a gente acha que nos faz bem e tentar ao máximo não ferir os sentimentos alheios, o resto a gente inventa e escreve cartas pra ninguém.

o que você acha sobre isso, tay?

beijos!