domingo, 8 de agosto de 2010

and i´d give up forever to touch you...

se eu já fui seu tudo, quando é que eu virei nada?
se eu valia a sua vida, como fui agora valer tão pouco?
eu era seu ar, seus amigos, sua família, seu sorriso, sua lágrima, seu sonho, seu presente, seu futuro, como virei uma mancha que você insiste em querer apagar?

eu não entendo, não entendo mesmo nada, nem o começo, o meio ou fim dessa história.

quando leio as cartas, quando lembro das promessas, quando lembro dos sorrisos, e do seu olhar sonhador me achando a garota mais incrível do planeta terra.

eu não entendo quando lembro do seu choro, do seu gostar em demasia, das suas provas de amor de todo dia, dos nossos planos, da nossa casa, dos nosso filhos e do cachorro.

o pior, é que eu sei querido, que você morreu. você não existe mais, só em meus pensamentos. por que mesmo no corpo daquele que hoje parece com você, você não existe mais.

Você mudou tanto, nem parece o menino que eu amei. Por que tenho certeza que se ele ainda vivo fosse, mesmo que quissesse, não teria conseguido esquecer a imensidão de amor que tinha por mim.

Eu, eu fiquei aqui. Mudei pouca coisa. O sentimento permanece aqui dentro, intacto. Não sinto dor, ou raiva, ou qualquer um desses sentimentos ligados a paixão. Nada disso, eu só fico triste de saber que você não levou a sério todas as coisas que me disse. E que se pra você as coisas entre nós não foram tão profundas assim, saiba que em mim elas foram o mais profundo que alguém poderia chegar. E, mesmo se eu quisesse encontrar outro amor puro assim como o nosso, eu acho que não conseguiria. Até por que, o tempo ja consumiu minha juventude, minha pele firme, minha vivacidade, minha energia. Não tenho mais combustível pra sair mundo afora em busca de um outro grande amor, eu não, deixo isso pra garotas sonhadoras. eu prefiro ficar aqui, quietinha, vivendo um dia de cada vez, tentando criar menos expectativas com as coisas e lembrar dos dias em que eu fui amada de forma tão intensa, mas tão intensa, que uma vida inteira não seria capaz de me fazer esquecer desse amor.

2 comentários:

João disse...

Eu queria muito fazer um comentário pertinente sobre esse post, mas tudo em que eu consigo pensar é no seu comentário no último post do meu blog.

Damn you, Fernanda...

Marina disse...

me identifiquei completamente com esse texto! lindo! até salvei! kkkkkk